Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes‏ foi marcado com caminhada em Tigrinhos

Na última semana, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de Tigrinhos esteve divulgando a Campanha nacional do combate ao abuso e a exploração sexual contra crianças e adolescentes. A Campanha faz parte de um plano nacional relacionado à prevenção e combate a esses crimes.

A história do dia 18 de maio teve início no ano de 1973, quando um crime bárbaro chocou o Brasil e seu desfecho escandaloso se tornou um símbolo de toda a violência cometida contra as crianças. Araceli Cabrera Sanches, com apenas oito anos de idade, foi seqüestrada em 18 de maio de 1973. Ela foi drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família do estado de Espírito Santo. O caso foi tomando espaço na mídia, porém, ficou impune e sua morte ainda causa indignação e revolta.

O dia 18 de maio foi instituído em 1998, e sancionado pela Lei nº 9.970/2000. Desde então, a sociedade civil em Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes promove atividades em todo o país para conscientizar a sociedade e as autoridades sobre a gravidade da violência sexual.

A assistente social e a psicóloga do CREAS, Daniane Guerra e Dianiléia Fabris, destacam que o problema é mais comum do que se pensa e pode estar presente em qualquer local. Na maioria das vezes, os abusadores são pessoas queridas pelas crianças e o abuso ocorre dentro ou perto da casa da própria criança/adolescente ou do abusador. Enfatizam, ainda, que o abuso sexual não se limita ao estupro, pois, também são consideradas como abuso sexual a pornografia e a manipulação de órgãos sexuais. Já a exploração sexual, refere-se à prática de incentivar ou promover esses tipos de crimes, com o intuito de obter vantagens financeiras sobre as crianças ou adolescentes explorados, o que também configura um crime.

As profissionais ressaltam que é preciso estar atento, pois nem sempre é fácil identificar se a criança ou adolescente está sofrendo esse tipo de violência, já que elas geralmente não tem coragem de falar, sentem medo, vergonha ou nem compreendem o que está acontecendo. Alguns dos sintomas que podem ser percebidos são mudanças bruscas de comportamento, perturbações no sono, infecção urinária, medo e timidez exagerados.

É importante frisar, novamente, que quem souber ou tiver alguma suspeita tem o dever de denunciar ao Conselho Tutelar, ou ao CREAS, ou, ainda, ao Disque Direitos Humanos – o Disque 100 – que é um serviço gratuito e funciona 24h nos sete dias da semana para receber denúncias de violência contra crianças e adolescentes.