Secretária de Educação e Professora participaram do V Seminário de Educação Inclusiva

Durante a última semana, entre os dias 06 e 10 de junho a Secretária de Educação Vera Lúcia Baczinski e a Professora Claudia Rodrigues do Centro de Educação Professor Ivo Luiz Honnef, participaram do V Seminário de Educação Inclusiva: Direito à Diversidade no Município de Chapecó. A educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação de todos os educandos nos estabelecimentos de ensino regular, trata-se de uma reestruturação da prática, da cultura e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de alunos. É uma abordagem humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos. Segundo os palestrantes foram feitas as seguintes abordagens: Cada criança tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, que pode ser influenciado pelos fatores hereditários, pelo ambiente e, principalmente pelos estímulos que recebe. Esses estímulos interferem de forma positiva no desenvolvimento da emoção, sistema nervoso, e refletem em diversas áreas do comportamento do bebê e da criança. Por isso, é tão importante que os pais participem ativamente da vida de seus filhos, estimulando-os de maneira correta, para que eles possam desenvolver ao máximo seus potenciais.

A construção de espaços inclusivos nas escolas vem exigindo dos educadores um novo olhar, nova concepção das diferenças humanas, para compreender que a principal característica do ser humano é a pluralidade/heterogeneidade. Não somos iguais, uniformes, temos infinitas formas de manifestar o que pensamos e sentimos.

            Trabalhar na perspectiva inclusiva pressupõe rever as concepções de avaliação, de conhecimento, de ensino e aprendizagem, de alfabetização/letramento, de educação e da função social da escola. Os professores do ensino regular ressaltam, entre outros fatores,  a dura realidade das condições de trabalho e os limites da formação profissional, o número elevado de alunos por turma, a rede física inadequada, o despreparo para ensinar "alunos especiais" ou diferentes. Os professores da educação especial também não se sentem preparados para trabalhar com a diversidade de alunos, com a complexidade e amplitude dos processos de ensino e aprendizagem. A formação destes profissionais caracteriza-se pela qualificação ou habilitação específicas, obtidas por meio de cursos de pedagogia ou de outras alternativas de formação agenciadas por instituições especializadas. Nestes cursos, estágios ou capacitação profissional, esses especialistas aprenderam a lidar com métodos, técnicas, diagnósticos e outras questões centradas na especificidade de uma determinada deficiência, o que delimita suas possibilidades de atuação.

Compreender o planejamento e avaliação como atividades orientadas, projetadas para o futuro, considerando os limites e as possibilidades de nossa ação pedagógica. Para caminhar nesta direção, necessário se faz pensar num Projeto-Político-Pedagógico fundamentado em princípios e valores comprometidos com a aprendizagem de todos os educandos e com a transformação da realidade.

Na realidade, se pensarmos num ambiente inclusivo, no qual toda a comunidade é responsável pela educação dos alunos, sejam eles com necessidades educacionais especiais ou não, deixar nas mãos do professor de classe as adequações e inovações curriculares de seus alunos é uma atitude bastante incoerente. A missão impossível do professor é ainda mais impossível se ele estiver sozinho. A diferenciação do currículo é uma tarefa do coletivo da escola e engloba mais do que a gestão da sala de aula: implica uma abertura para uma nova organização do modelo de escola. As reflexões abordadas nas temáticas serviram de suporte para o direcionamento das práticas pedagógicas a fim de que se possam oferecer contextos educacionais inclusivos que promovam o potencial de todos os educandos com oportunidades educacionais igualitárias.